Hoje a imensa maioria dos sacerdotes e bispos têm medo de falar de céu, inferno e purgatório, com medo de não serem modernos. Mas felizmente existem alguns bons, que não se calam nem falam meias palavras. Foi assim que Jesus fez.
17.11.2008 - MADRI - O Bispo de Tarazona, Dom Demetrio Fernández, lembrou que Deus quer a salvação de todos, mas que depende do homem usar corretamente sua liberdade para chegar ao Céu, que é a Pátria, a Casa de Deus; e não cair no Inferno, que é “o estado de auto-exclusão definitiva da comunhão com Deus e com os bem-aventurados”, como ensina o Catecismo.
“Deus não nos criou para nos fazer sofrer. Deus nos criou para que sejamos felizes com Ele, e essa felicidade não se acabe nunca”, afirmou o Prelado em uma recente carta. Entretanto, explicou, o projeto de Deus para os homens “o condicionou a nossa liberdade humana. E o homem livremente se afastou de Deus pelo pecado”.
“Esta catástrofe não tem sua origem em Deus, posto que de Deus só procede o bem. Esta catástrofe a inventou, o homem, conduzindo-se à sua própria desgraça, sua própria ruína”, assinalou Dom Fernández; mas lembrou que graças à misericórdia do Pai, veio Cristo para nos salvar e, “por sua morte e ressurreição, tem-nos aberto o caminho” do retorno.
“O homem, em seus passos perdidos, foi encontrado por Jesus Cristo, que o carregou sobre seus ombros e o levou a Casa do Pai. Isso é o Céu, estar com Jesus Cristo, e que nunca se acabe”, afirmou.Entretanto, advertiu que um mau uso da liberdade pode levar as pessoas a cair no Inferno, que “é afastar-se de Deus, e afastar-se para sempre”.
“O Inferno é a contradição do plano de Deus. Deus que quer que todos os homens se salvem pode encontrar-se com a liberdade obstinada do homem que não quer saber nada de Deus e lhe vira as costas”, advertiu.
Dom Fernández destacou a misericórdia de Deus e indicou que “enquanto dura a etapa terrena, todo homem, por muito perdido que esteja, é continuamente convidado (…) a converter-se e voltar para Deus”, que o perdoará “embora seja no último instante de sua vida”. Entretanto, advertiu, se o homem morrer “em situação de afastamento de Deus por sua culpa, ficará para toda a eternidade afastado de Deus”.
“Pensemos no Céu com o desejo de ir com Deus. E pensemos no Inferno para evitá-lo com nossa responsabilidade e com nossa conversão permanente. Oremos uns por outros para que ninguém se perca eternamente”, exortou.