DOMINGO DE RAMOS

Montado num burrico

O mestre cavalga não sólito

Vai a cidade de Jerusalém

Com a multidão eu vou também

Sou um pobre pecador

Entusiasmo pelo filho de Davi

Foi o que eu mais senti

 

Alguns fariseus invejosos

Vaidosos e muito maldosos

Encaminham um processo

Deve ser condenado antes do recesso

Convém abafar o mestre

Acabar com ele é nosso teste

Sua palavra e sua mensagem

Apresentá-las como bobagem

 

Montando, lá vai Jesus

Considerado mestre e luz

As autoridades enciumadas

Se reúnem às pressas incomodadas:

“Jesus para não mais crescer

Deve acabar, tem que morrer”

E nesta caminhada final

Vai preparar a Ceia Pascal

 

À mesa sentado

por amigos cercado

toma o pão e o vinho

reza sério, mas sozinho:

“Tomai e comei

tomai e bebei

este pão é corpo meu

este vinho é sangue meu

 

Fazei isto em meu nome

é para salvar mulher e homem”

Da derrota à vitória

da humilhação à glória

da morte à ressurreição

será fonte de salvação

para toda pessoa

que vive a fé e não à toa

 

Que a graça da reconciliação

e a sagrada paixão

se acende em cada irmão

pela palavra e comunhão.

Sua morte o pecado apagou

sua ressurreição o céu ganhou

ressurreição é a grande prova

ela pelo batismo nos traz Vida Nova.

 

Padre Álvaro – março de 2010