SÃO FRANCISCO XAVIER

SÃO FRANCISCO XAVIER

Abaixo um pequeno texto sobre alguns dos milagres de São Francisco Xavier. Coloco isso para dar ânimo aos que evangelizam, e para que sintamos o quanto ainda estamos longe de cumprir aquilo que Jesus pediu. (Gentileza Jalmir)
O padre Francisco Xavier não se pertence a si mesmo. Entregou-se de todo a Cristo. E Cristo o surpreende sempre mais. Com a cruz nas mãos Xavier avança avassaladoramente. Nada lhe resiste. A todos atinge. A cruz lhe dá uma eficácia apostólica prodigiosa. Por onde passa, abre brecha para a luz e deixa como continuadores alguns de seus companheiros. 
Em Goa pôs o Colégio Santa Fé em bom andamento. Em Manapar deixou Francisco Mancia. Em Coimbatur está pregando a massas incontáveis. Subitamente, durante a pregação, é chamado para junto dos queridos paravas, que foram saqueados pelos famigerados badegás, uma tribo selvagem, perdida nos recessos das florestas. 
Xavier parte em socorro dos paravás com 20 barcos. Mas teve que voltar atrás, devido às tempestades contrárias. Prossegue por terra em busca dos sobreviventes, que transporta para Manapar. Pede ajuda ao rei de Travancor. Este se interessa pelo famoso missionário, pois muito ouviu de prodigioso a seu respeito. 
Xavier dirige-se ao reino de Travancor, embora muitos lhe desaconselhem, por serem selvagens os habitantes. Ademais, a sua língua é incompreensível. Mas Xavier parte. Quer conquistar o mundo, palmo a palmo, mesmo que seja à custa do seu sangue. 
Em Travancor acontece o imprevisto. Xavier fala ao povo, que escuta e escuta sempre mais atentamente. Batem palmas e saltam de alegria. Xavier falava em português ou a língua deles? Ele mesmo não sabe responder. Falou a língua do Amor, que é a linguagem do Espírito Santo: esta é entendida por todos os corações. 
Subitamente o reino de Travancor estremece: os badegás se organizaram num grande exército e estão avançando pelas bandas de Comorim. O rei de Travancor arregimenta também os seus soldados. Xavier mergulha em oração e pede em altos brados pelo povo de Travancor, que acabou de aderir ao cristianismo. 
De pé, grita à multidão presente: “Segui-me! Deus é por nós!” Com o crucifixo bem levantado caminha à testa da multidão e se aproxima do exército inimigo até ao alcance da voz. Com o crucifixo bem alto Xavier grita e ordena que em nome de Jesus se retirem imediatamente. 

Fulminados por suas palavras, os inimigos permanecem petrificados no mesmo lugar. A figura de Xavier tinha-se agigantado na retina de seus olhos, como um gigante, todo de negro, lançando flechas de fogo pelos olhos. 
Subitamente, os inimigos põem-se desordenadamente em fuga. Quando o rei apontou com o seu batalhão, abraçou cheio de alegria o “santo padre”, pela vitória milagrosa de sua cruz. Baixou decreto, declarando Xavier um benfeitor da nação, merecendo a sua religião todo o respeito e adesão. 

Em um mês Francisco Xavier batizou, neste reino, mais de 10.000 neófitos, construindo 35 igrejas. Mas os brâmanes se encheram de ódio contra o missionário, porque lhes roubava indiretamente os proventos que vinham dos pagãos convertidos. Numa noite, lançaram contra ele flechas, mas só uma lhe raspou a pele. Ateavam fogo nas cabanas dos pescadores, para indispô-los contra o “santo padre”. 
Mas em Coulão, Xavier notou frieza entre os ouvintes. Isto o entristeceu. De quem será a culpa? Dos seus pecados passados ou dos pecados presentes deste povo? Xavier clama em altas vozes ao céu, pedindo compaixão em atenção ao precioso Sangue de Cristo. E reza alto: 

Podeis, se quiserdes, aplacar os mais obstinados, enternecer os mais duros. Daí hoje esta glória ao Sangue de Jesus Cristo, ao nome de vosso divino Filho! 
De repente os olhos de Xavier se iluminam e fixam os ouvintes, frios como gelo. E vem o desafio: “Abri a sepultura, que fechastes ontem, e tirai o corpo!” Na véspera fora enterrado um homem. A multidão corre à sepultura. Alguns protestam, dizendo: “Cheira mal; não convém”. Xavier insiste: “Quer dizer que está morto mesmo!” O povo recua alguns passos. Xavier aproxima-se da sepultura aberta e inclina-se em oração sobre o cadáver. Daí a pouco sua voz reboa com um trovão: “Em nome do Deus vivo, te ordeno que te levantes, para provar as verdades que prego!”. 
No mesmo instante, o morto levantou-se cheio de vida. O povo cai aos pés do “santo padre”, pedindo o batismo. Xavier se emociona: acabou de realizar um milagre de sabor evangélico. O morto parecia um sósia de Lázaro. 
Seguindo, logo mais, para a costa pesqueira de Mutan, topa com um cortejo fúnebre, que leva um jovem cristão ao último descanso. Os pais jogam-se aos pés de Francisco, pedindo ajuda. O coração sensível do Padre Francisco, mistura as suas lágrimas com as dos pais, toma a água benta, asperge o defunto, traça o sinal da cruz sobre o corpo, que toma pela mão e ordena que se levante. Em seguida, com fizera Jesus em Naim, devolveu o filho à sua mãe. 
E Xavier prossegue a sua viagem milagrosa. Sente-se companheiro de Jesus até nos milagres. E cai num pranto incontido, exclamando: “ E demais, Senhor! Não sou digno!” Quando mais Xavier se aproxima de Jesus, pela oração, penitência e pregação, tanto mais Jesus se aproxima de Xavier, no esplendor dos milagres e prodígios. 
   Extraído do livro “ O Gigante do Oriente”, de Afonso de Santa Cruz
 
 
Cristo não mente...
 
“Em verdade, em verdade vos digo: aquele que crê em mim fará também as obras que eu faço, e fará ainda maiores do que estas: porque vou para junto do Pai”.
         “E tudo o que pedirdes ao Pai em meu Nome, vo-lo farei, para que o Pai seja glorificado no Filho. Qualquer coisa que me pedirdes em meu Nome, vo-lo farei” ( Jo. 14,12-14 )