AS SEMENTES DE BEM E ONDE ENCONTRÁ-LAS

 

Vivemos num tempo em que “aparentemente” estas sementes de bem não existem... Sabe por quê?

-porque os homens consideram o próximo de cima, “se esquecem” que os outros são seus semelhantes... ”se esquecem” que todos somos irmãos, que temos um mesmo Pai e uma mesma Mãe.

-porque nesta época de desenvolvimento e consumismo, toda gente tem pressa e se atropela e não percebem que pelo caminho há pessoas que caem e não conseguem levantar-se e há pessoas que não têm força para correr...

-porque estes nossos tempos novos - modernos: civilização técnica e de consumo - estão revolucionando a vida, nas suas estruturas, nos seus meios e recursos, e muitos... Diria até quase todos... Se esquecem que é preciso também revolucionar a vida nas mais profundas e íntimas relações humanas e espirituais.

Há sementes de bem, é preciso descobri-las, é preciso acudi-las, amá-las... É preciso colhê-las, reuni-las, levá-las até a Virgem Mãe, levá-las até o Bispo- a Igreja, para que façam parte da Comunidade de Amor. É preciso ajudarmos a construir esta Comunidade... Isto Santa Maria de Guadalupe e Seu Filho Jesus que está por vir esperam de cada um de nós... Não podemos permanecer de braços cruzados... Devemos atender este Apelo de Amor.

Podemos encontrar estas sementes  de bem , nas ruas, na praia, no clube, na praça, no campo, no hotel, na escola, no trabalho, no hospital, onde quer que eu vá ou possa ir. Muitas vezes esta semente de bem está no meu pai, minha mãe, nos meus irmãos, nos meus filhos, no meu amigo, no meu parente... Também naqueles que o mundo ignora, despreza, nos pobres, nos pequenos, nos humildes, nos sofredores, nos desconhecidos, nos enfermos, nos presos, nos famintos, nos sedentos, nos nus, nos desabrigados, nos que se encontram esquecidos na margem do seu isolamento, nos que jazem esmagados por fardos de miséria física, moral, psíquica, nos que o mundo classifica no rol dos irrecuperáveis, nos que vivem cativos das condições de justiça, nos que se encontram presos nas amarras do pensamento humano, nos rejeitados, incompreendidos, marginalizados, nos que estão a minha volta: médicos, advogados, psicólogos, contabilistas, policiais, políticos, no meu patrão, no catador de papéis, na faxineira, no professor, naquele que me estende a mão... No mendigo, nos que dormem nas calçadas, naqueles que muitas vezes são “azedos” e violentos... Naqueles que sem voz e sem vez clamam pelo nosso auxílio... Naqueles que se encontram na Igreja: presença física, mas vivem longe dela... Naqueles que se encontram nus por falta de compaixão, nos que se encontram sedentos à procura da fonte das Águas (graças), nos sedentos de amor, da misericórdia, da justiça, do perdão... Nos desabrigados por falta de um coração amigo... Na falta de sentir-se amado por alguém... Alguém que ama por pura gratuidade: a Virgem Mãe Maria, Seu Filho Jesus Cristo... A Trindade Santa... Que só esperam a correspondência deste Amor.